"De repente ideias...
Anyway, com esse "supeeeer-meeeega-hiper-ultra-blog interessante" venho expor ideias, curiosidades do mundo da filosofia, através de temas simples e comuns ao nosso cotidiano como teatro, música, notícias, reportagens, histórias da humanidade, biografias, etc...
O Curiosidades do Tempo Perpétuo será atualizado
no mínimo uma vez por semana.
no mínimo uma vez por semana.
....aquelas descobertas, experiências, estudos lá do passado (quando sua tátátátátátára-avó e coloca muitos tátás...ainda nem era nascida) abriram a visão do mundo dos sonhos, dúvidas, alegrias, medos, da espiritualidade e de todo universo invisível que passa dentro do ser humano, tentando transportá-los para o campo visível do que hoje chamamos mundo real...
E como não podia ser diferente, e para horar minha terra de nascimento, começo com um curtíssimo histórico do teatro lá no Antigo Egito, isso mesmo, beeeeem antes de Cristo....(não conseguir colher mais material de pesquisa, pois na época não encontrei fontes confiáveis disponíveis e o tempo era corrido, mas ainda vou aprimorar esse tema) e logo em seguida, parto para clássica Poética de Aristóteles e um pouco sobre três grandes autores da tragédia grega.
Espero que gostem, porém, já digo que sou burro, e não sou bom com escrita, e tão pouco sou especialista em alguma coisa que eu faça.....só que como sou muito curioso e gosto de ler sobre a humanidade e sua história mundial ao longo dos anos, acho interessante correr o risco...ehehe..
Sinta-se em casa, a água está na geladeira, vai lá!
Culto aos
Deuses - Dramas Religiosos Egípcios –
1200 a 1500 a .C.:
Os
mais antigos poemas dramáticos que conhecemos são de combate e purificação.
Tratam de textos egípcios que datam da XVIII ou XIX dinastia, isto é, por volta
de 1200 a 1500 A .C.
Um deles refere-se a ressurreição de Horus.
É uma espécie de clamor de angústia que culmina em vitória e alegria, cujo
movimento lírico ainda predomina sobre o movimento dramático. Tratam-se muito
mais de uma sucessão de monólogos, inovações litanias, cantos do que um
verdadeiro diálogo dramático. Mas isso corresponde ao que conhecemos das formas
primitivas do sânscrito, ou mesmo, de nossos primeiros textos de teatro
religioso.
Os
egípcios tinham danças de conjunto, de solistas, duos, trios, etc., mas, aparentemente,
só os camponeses usaram, de fato, a dança coletiva, seja em ritos de
fecundidade, seja em tramas pluviais. Evidenciando a distinção de classes
sociais, os nobres só executaram, reservadamente, danças individuais e
austeras. Os dançarinos dos templos constituíram-se em classe considerada
especial.
A Poética de
Aristóteles 335 a 323 a.C. (A Tragédia Grega):
A
poética de Aristóteles sobre a tragédia:
“A tragédia é a imitação de uma
ação de caráter elevado e completo, de uma extensão, numa linguagem cujo sabor
é realçado por um tempero de uma espécie particular de acordo com cada parte:
imitação essa que é feita por personagens em ação e não por meio de uma
narrativa, e que suscitando piedade e medo, opera a purgação própria e
semelhantes emoções. Isto é, uma série de ações cujas consequências não passam
de imaginária, e o espectador ou o interprete que aí se entrega sob a máscara
do personagem pode exprimir-se sem nenhum receio de prejudicar o outrem e com
sentimento de liberdade total que alivia. E este alívio que denominamos cartase
e a purgação de paixões”
A Poética diz que, a representação não deve
visar o realismo, mas se baseia sobre o que poderia ter acontecido. Essa noção
é delimitada pelo verossímil e pelo necessário. O verossímil contém componentes
psicológicos e é plausível daquilo que o grupo social, em uma época acreditava
possível. Para Aristóteles o verossímil é persuasivo uma vez que repousa em um
determinado sistema de crenças. Eis o porquê deverá ser excluído do campo da
representação trágica o irracional. O texto é a base de todo o espetáculo.
O espetáculo trágico deve ser o de
idealização, onde o herói deve ser mostrado fora do cotidiano do espectador, um
ser superior e onde ações próprias provoquem medo ou piedade, isto é um mundo
do eterno conflito entre o Bem e o Mal.
Aristóteles acreditava que a obra de arte
tem como função provocar um prazer de natureza estética através da
representação do real.
Esse prazer da representação procede de duas
emoções que são desagradáveis, o espectador sentir prazer diante do espetáculo
de acontecimentos que na verdade teriam enchido de temor ou compaixão, porque
precisamente esses acontecimentos são mediados por procedimentos da representação.
Sendo esses sentimentos no teatro, eles são como purificados da amargura que os
impregna na realidade. Duas emoções que só serão experimentados pelo espectador
que admira intimamente aos sofrimentos do personagem trágico.
Não só Aristóteles, mas outros três grandes autores gregos se destacaram
na tragédia grega:
Ésquilo 525/524 a 456/455 a.C:
fundador do gênero. Uma de suas
características era escrever em trilogia, como se fosse cada um o capítulo de
uma narrativa dramática contínua. Acreditava que os deuses eram responsáveis
pelo sofrimento dos homens, mas em beneficio da ordem e da harmonia do
universo, cujo segredo estava em suas mãos. Também criou sátiras cômicas (*) que frequentemente abordava um tópico
mítico relacionado.
"Persas" é uma de suas grandes
obras que sobreviveu até hoje, o tema baseia-se na vida de Ésquilo enquanto
estava no exercito durante a batalha de Salamina, única peça que não retrata um
mito heróico ou divino. Outras peças: "Oresteia", "Agamenon",
"As Coéforas", "As Eumênides", "Sete Contra Tebas".
Sófocles
497/496 a 406/405 a.C:
era
ator e foi inovador da técnica dramática como: a inclusão de uma terceira
personagem em cena e o rompimento com a tradição das trilogias. Seus temas
giravam em torno da moral e da religião. Suas tragédias tinham o homem no
centro do mundo, mas também acreditava no poder irresistível dos deuses (mesmo
que não tivesse fé na justiça divina). O objetivo era mostrar como as pessoas
poderiam ser.
Segundo Nietzsche, Sófocles tinha um
pensamento trágico: “Para ele o mundo e a vida estão cheio de injustiças e de
infelicidade dos que são inocentes. Se suas peças apresentam certa serenidade,
é devido à beleza lírica, sobretudo dos coros, e através disso revela que o
homem pode ser grande mesmo na derrota.”
Eurípides 480 a 406 a.C:
escreveu
cerca de 95 peças trágicas porém só 18 chegaram a nós. Abordava questões
psicológicas, mito e a tragédia dos vencidos. Mostrava a realidade da guerra, dos excluídos, critica a religião em
sumo, dizendo que o homem está entregue ao capricho dos deuses, e nada mais, e
encara a condição humana sem abertura para a esperança, seja em direção ao céu,
seja em direção ao futuro: irremediavelmente infeliz. Neste universo absurdo o
homem só tem apenas a si próprio como amparo, e encontra sua grandeza na coragem
de sofrer as provações. Ele que inseriu o prólogo na peça. Criava os
personagens como camponeses e príncipes de igual para igual nos sentimentos de
suas peças.
Dramatizava os conflitos internos do indivíduo
sem atribuir vitória final aos impulsos mais nobres. Exemplo de Hipólito em "As
Bacantes", que colocava a questão de quão longe pode ir o homem na negação
das exigências de alguma força superior com a sexualidade e a liberação
emocional e seu ser finalmente é destruído por elas no momento em que tem o
poder.
Em "Hécuba", fala dos opressores
na qual suas vítimas não permanecem impotentes. Fortemente massacrados, podem
muito bem se tornarem demônios de fúria e ódio e seu desespero poderão tanto
destruir quando ser destruídos. Um mundo igualmente obscurecido pelo opressor e
pelo oprimido.
Sátiras
cômicas (*): espécie de um segundo drama mais antigo que
a tragédia. É considerada uma peça meio-séria, meio-burlesca, tragicomédia. Com
o coro composto de sátiros apareciam como personagem essencial na ação. Tinha
papel ativo com os demais personagens (como "Ulisses e o Ciclope" no
drama satírico de Eurípides).
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