A Comédia
Grega e a Comédia Nova:
A
comédia grega se baseava nas festas do deus Dionísio. Aristóteles definiu a
comédia sendo homem inferior já que a tragédia era de homens superiores. Sendo
a comédia sobre temas comuns. Na comédia a importância do coro era fundamental
e existia uma grande interatividade com o público, pois os atores dialogavam
com os mesmos.
Um dos principais autores de comédia foi
Aristófanes que escreveu mais de 40 peças, mas na qual só conhecemos onze.
Temas abordados em torno da democracia, o papel da mulher na sociedade, a
guerra entre Atenas e Esparta, a corrupção, as discussões filosóficas, o início
da classe média, em geral cunhos sobre política e social. Alusões jocosas aos
mortos e chegou até mesmo fazer satirizarão dos próprios deuses.
Porém, essa fase da comédia grega teve fim
quando Atenas se enfraqueceu na Guerra de Poleponeso, já que a democracia
também desabou.
Com o fim da fase da comédia de Aristófanes,
surgiu a Comédia Nova e o
principal autor dessa época foi Menandro que escreveu mais de 100 peças,("Aspis",
"Epitreponte", "Dyskolos", "Samia", "Sikyonios"),
mas a maioria é conhecida apenas por título ou fragmentos. Criava peças de
temas de viagens, disputas familiares, amores clandestinos, e seus personagens eram
cozinheiro, militares, filósofos, escravos, médicos e adivinhos. Menandro
deixou influência para os romanos como
Plauto e Terêncio.
A visão dessa comédia nova em muitos
aspectos deixou totalmente de lado a ligação com a comédia passada na perca da
força do coro como ação, a política some dos temas e são usados temas mais
leves sobre relações humanas, já não existe mais as sátiras violentas e a
linguagem é comportada.
Uma tradicional representação de uma festa à Dionísio,
também chamado de Baco pelos romanos.
Dessas famosas festas ao Deus do Vinho
surgem as expressões bacanal
e orgia
Palco da Guerra de Poleponeso (Atenas x Esparta)
Máscaras da Comédia Nova
A Sociedade e
o Drama Romano:
O apogeu do teatro romano deu-se no século
III e II a.C. com Plauto e Terêncio. A tragédia com suas diferenças dos modelos
gregos (já que no início eram as traduções do teatro grego para o romano), insistiam
mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação
com a moral, e discursos elaborados. Porém, com isso, esse tipo de teatro foi
perdendo interesse para os romanos menos instruídos que preferia algo mais
simples como a mímica, a pantomima e de mais entendimento e com mais ação.
Sêneca tentou ressuscitar esse teatro
tradicional, mas em vão e ficou sendo um teatro intelectual voltado apenas para
a aristocracia da época. A maioria da sociedade se interessou com grande
alegria pelo espetáculo circense e mimos improvisados de Plauto e Terêncio, que
não faltava disfarce, truques de escravos, obscenidades. Esse tipo de
espetáculo era de tamanha força na classe de massa que mesmo a igreja e a
política tentando proibir suas atuações não conseguiam.
Plauto 230 a 180 a .C:
São 21
peças que chegaram a época moderna. São as comédias mais antigas em latim. Personagens como escravos,
concubinas,
soldados
e velhos
faziam parte do seu repertório. Adicionou numerosas alusões romanas e introduz elementos de canto e dança. Sua obra reproduz com fidelidade a
vida dos romanos da época. Os enredos farsescos são em geral baseados em casos
de amor ou confusões decorrentes de trocas de identidade.
Terêncio 195 a .C
a 159 a .C:
Escreveu
6 comédias, com personagens geralmente da classe alta com estrutura de versos. Obras: "O Eunuco", "Hécira", "Os Adelfos", "Andria",
"Heautontimoroanenos". Apesar de serem grandes obras, o público na
sua maioria preferia o trabalho de Plauto, sendo assim, sua obra só foi mais
apreciada na Idade Média e Renascença até os tempos de Moliére.
Sêneca 4 a .C
a 65 d.C:
Numa prosa coloquial, seus trabalhos
exemplificam a maneira de escrever retórica, declamatória, com frases curtas,
conclusões epigramáticas e emprego de metáforas.
A irônia é a arma que emprega com maestria, principalmente nas tragédias que escreveu as
únicas do gênero na literatura da antiga Roma. Versões retóricas de peças
gregas, elas substituem o elemento dramático por efeitos brutais, como
assassinatos em cena, espectros vingativos e discursos violentos, numa visão
trágica e mais individualista da existência. Por ser de difícil linguagem e
entendimento somente a aristocracia se interessava pelos seus espetáculos.
Ruínas de um teatro grego da Antiguidade
na cidade de Epidauro
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